Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Você deve procurar um psiquiatra.
O tratamento do TOC envolve medicações e terapia comportamental ou comportamental-cognitiva. Este tipo de terapia deve ser feito por profissionais experientes, pois exige técnicas específicas. Tais profissionais podem ser alguns psiquiatras ou mesmo psicólogos.
Porém, de qualquer modo, passar por uma consulta psiquiátrica permite que o médico verifique o diagnóstico adequadamente pois, muitas vezes, a pessoa pode ter outros quadros associados, como depressão ou outros sintomas de ansiedade.
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Atualmente, preferem-se os antipsicóticos de nova geração (na verdade, nem tão novos, pois a clozapina data da década de sessenta): risperidona, olanzapina, paliperidona, ziprasidona, aripiprazol, quetiapina e clozapina. Existem evidências de que a clozapina seja especialmente eficaz mas, como tem efeitos colaterais às vezes mais perigosos que os outros, seu uso geralmente só ocorre quando dois dos outros antipsicóticos já foram usados e não deram bons resultados ou levaram a muitos efeitos colaterais.
No tratamento prolongado, hoje em dia, evita-se ao máximo as medicações mais antigas, como o haloperidol, a clorpromazina, a periciazina, a levomepromazina, a flufenazina, a trifluoperazina, etc., pois existem evidências que, principalmente a longo prazo, tem maiores probabilidades de causarem alguns efeitos colaterais, principalmente a discinesia tardia. Este efeito colateral, que aparece geralmente após anos de uso, envolve movimentos involuntários na região da face e, por vezes, até de braços ou pernas, sendo seu tratamento bastante difícil e incompleto.
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O transtorno bipolar deve ser tratado por um psiquiatra. Deve-se procurar alguém que tenha prática e consiga desenvolver um bom relacionamento com ele e, aos poucos, fazê-lo aceitar o tratamento.
 
Os motivos para a não-aceitação do tratamento são vários, desde desconhecimento dos sintomas até a dificuldade de ver-se como alguém "doente".
 
Infelizmente, não é tão raro se ver pessoas com TAB que não querem se tratar ou que, depois de algum tempo, interrompem o tratamento. Isto é muito grave pois, durante a fase de aceleração, a pessoa pode envolver-se em muitos problemas concretos como gastos excessivos, promiscuidade sexual, agressões; na fase de depressão, além do desânimo, da dificuldade ou mesmo incapacidade de desempenhar suas obrigações, a pessoa corre riscos de suicídio. Além disso, existem evidências de que muitas recaídas podem levar a lesões no cérebro, ao longo dos anos.
 
Deve-se insistir no tratamento e, nas fases mais graves, pensar até na possibilidade de uma internação, por algumas semanas.
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Procure saber onde a pessoa se formou, se foi numa boa faculdade.
Do mesmo modo, verifique se fez uma residência ou especialização num lugar bom.
Possui mestrado ou doutorado? Se tiver, foi feito numa boa instituição?
Tem trabalhos científicos publicados? (Não são importantes entrevistas para a imprensa ou livros escritos para leigos, mas apenas estudos que tenham sido publicados em revistas para médicos e especialistas.)
Finalmente, se fizer uma consulta, observe se ele é atencioso, se faz as perguntas com cuidado, se explica para você as várias possibilidades de diagnóstico e tratamento.
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A agressividade merece uma consulta psiquiátrica.
Há medicações que melhoram a agressividade e a impulsividade, mas é fundamental que ela seja analisada dentro do contexto: quando ela ocorre, o que torna a pessoa agressiva?
A análise mais extensa da agressividade permite que se adotem, também, medidas comportamentais para melhorá-la.