Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Crises de ansiedade podem aparecer em várias formas, mas as mais comuns são picos que ocorrem em pessoas previamente ansiosas e as crises de pânico, que podem aparecer em momentos que a pessoa esteja se sentindo calma e tranquila.
Ambas costumam apresentar uma sensação subjetiva de ansiedade, angústia ou medo e, juntamente, uma série de sintomas físicos como tremores, suor, vontade de urinar ou evacuar, sensações de tontura, sensações desagradáveis na região abdominal, vista turva, sensação de falta de ar, palpitações cardíacas.
Ela deve ser avaliada por um psiquiatra, para saber se há necessidade de tratamento.
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O transtorno bipolar se caracteriza por fases em que a pessoa passa dias ou semanas deprimida ou excessivamente alegre, eufórica ou irritada. Este segundo tipo de fase é denominado de fase "maníaca" e, além dos sintomas de humor a pessoa com frequência se sente muito capaz, mesmo poderosa e isto a leva a iniciar projetos ambiciosos, fazer compras excessivas, engajar-se em atividades comerciais e interpessoais de risco. Frequentemente, o desejo sexual aumenta e a necessidade de sono diminui; muitas vezes, a pessoa faz as coisas rápido demais e começa novas coisas antes de terminar a primeira (por exemplo, começa a lavar louças, não termina e vai fazer um trabalho no computador; antes de terminar, vai ler um livro e, logo em seguida, vai assistir à TV). A pessoa pode falar rápido demais, o que chega, por vezes, a fazer com que "perca o fio da meada". O próprio indivíduo pode sentir que seus pensamentos vêm tão rápido que não os consegue acompanhar. Em casos extremos, a pessoa perde a noção da realidade e se acredita mesmo em um Deus ou Jesus Cristo.
Em alguns casos, que se chamam "mistos", as fases podem ocorrer ao mesmo tempo ou se alternar num mesmo dia.
O transtorno bipolar é um quadro que jamais deve ser "diagnosticado" por pessoas leigas, pois não é um problema de mudar muito de humor, simplesmente. É extremamente frequente que pessoas leigas refiram-se a si mesmas ou a outras pessoas como "bipolares", pois "cada hora está de um jeito". Com isto, muitas vezes confundem com o transtorno bipolar oscilações de humor normais e decorrentes de outros fatores que não a bipolaridade.
Se houver suspeita de bipolaridade, deve-se procurar um psiquiatra.
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Psicoterapia (os estudos conseguem medir melhor os resultados com terapias cognitivo-comportamentais, apesar de haver algumas evidências em outros tipos de psicoterapias). Se houver prejuízo importante na vida acadêmica, de trabalho e ou social, é importante procurar um psiquiatra para avaliar a necessidade do uso um medicamento.
Os sintomas mais importantes de pânico são crises de sudorese (suor excessivo, tremores), ansiedade importante e sensação de morte iminente.
O uso de antidepressivos pode ser muito benéfico, ao melhor critério do psiquiatra e do paciente.
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A síndrome do pânico só é diagnosticada quando a pessoa tem crises de pânico com uma certa frequência e que já estejam presentes há um período de várias semanas. Além disso, pessoas leigas frequentemente chamam de "pânico" situações de medo ou angústia muito grandes e que não tem relação direta com o transtorno de pânico.
 
O pânico pode ser tratado com técnicas de terapia comportamental, comportamental-cognitiva ou um tipo de terapia chamado de ACT.
 
Entretanto, medicações como a fluoxetina, a sertralina, a paroxetina e a clomipramina costumam trazer resultados excelentes em prazos relativamente curtos (às vezes, as pessoas ficam controladas após um período de poucas semanas). Estas medicações não causam dependência e não trazem efeitos colaterais perigosos, na imensa maioria das pessoas.
 
Pode-se usar, por um período curto de tempo (semanas) medicações como o alprazolam. Estas medicações trazem um alívio muito rápido, porém podem causar dependência e problemas de memória. Por estes motivos, devem ser reservadas apenas para os casos mais graves.
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A depressão costuma causar este tipo de sintomas e já este fato requer que ela seja avaliada por um psiquiatra.
 
Além disso, estas atitudes podem ser devidas, também, a outros problemas psiquiátricos, desde quadros psicóticos (quadros em que a pessoa perde a noção de realidade e apresenta pensamentos e comportamentos muitas vezes bizarros) a transtornos de personalidade (quadros de alterações comportamentais que se iniciam no final da adolescência e permanecem por toda a vida).
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Sensação de tristeza, desânimo, falta de prazer nas coisas que faz, mesmo naquelas das quais normalmente gosta. Insônia ou excesso de sono, falta de apetite ou apetite exagerado, dificuldades de concentração, ideias tristes ou negativas a seu próprio respeito e a respeito do mundo (vai do pessimismo exagerado a ideias de culpa ou pensamentos de que não há saídas para os problemas nem "luz no fim do túnel", por vezes, a pessoa sente que não vale a pena viver ou mesmo pensa em matar-se), diminuição do desejo sexual, dificuldade de fazer as tarefas de seu dia-a-dia (às vezes a pessoa faz tudo com perfeição, mas se sente mal e às custas de um tremendo esforço).
Nem todos os sintomas precisam estar presentes ao mesmo tempo e somente um psiquiatra pode decidir se se trata, realmente, de um caso de depressão e o tratamento que deve ser feito. -
Além de HUMOR (estado de ânimo) DEPRIMIDO (sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias) e ANEDONIA (redução do prazer e interesse para realizar a maioria das atividades) são sintomas da depressão:
1) alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional)
2) distúrbio de sono (insônia ou sonolência excessiva, praticamente diárias) - geralmente insônia terminal (acordar mais cedo do que o normal, com sono que não repousa e sonolência diurna nos quadros mais depressivos). Pode haver dificuldade em iniciar o sono (quadros com maior ansiedade). Nos dois casos o sono não é reparador.
3) problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias) - falta de energia para realizar as tarefas habituais
4) fadiga ou perda de energia constante
5) culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade)
6) dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se)
7) ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte)
8) baixa autoestima
9) alteração da libido (a redução da vontade de se relacionar sexualmente costuma ser um dos sintomas iniciais de um quadro depressivo)
Muitas vezes, no início, os sinais da enfermidade podem não ser reconhecidos. É uma doença de evolução insidiosa (lenta). No entanto, nunca devem ser desconsideradas possíveis referências a ideias suicidas ou de autodestruição. -
Anedonia, crises de choro, desânimo, perda da libido e do apetite, emagrecimento ou ganho de peso excessivos, falta de energia, desespero, vontade de morrer ou de se suicidar, pensamentos negativos, desesperança, apatia, disfunção executiva, perda de produtividade, tristeza marcante, luto prolongado, entre outros.