Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Sugiro que se informe no setor de RH de onde trabalha ou com um(a) médico(a) do trabalho.
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Seria importante que você explicasse melhor sua pergunta:
 
O que é sentir "gastura"? É dor, é formigamento, o que é?
 
Nervos não enrijecem: o que pode enrijecer são músculos ou articulações ("juntas").
 
Talvez você pudesse pedir para a sua filha descrever melhor ou mesmo o neurologista fazer um resumo do que ela apresenta e você incluiria na sua pergunta.
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Pode ser parte de uma depressão, sim, mas pode ser um transtorno de ansiedade, na linha das fobias. Fobias são, basicamente, medos exagerados. Elas frequentemente ocorrem em contextos como lugares fechados, estar no meio de muitas pessoas, estar em veículos automotores ou aviões e estar longe de casa. Outras vezes, ocorrem quando se precisa fazer algo na frente de outras pessoas. Há fobias de animais. Há até quem tenha fobias de palhaços de circo.
Nem todos que têm fobias têm depressão. Mas, por vezes, a fobia aparece no contexto de uma depressão e, quando se trata a depressão, ela melhora ou desaparece.
Se não houver depressão, apenas fobia, geralmente as técnicas comportamentais funcionam melhor que os remédios. Estas técnicas são exercícios nos quais a pessoa aprende, aos poucos, a enfrentar sem medo as situações que lhe trazem insegurança.
As dores de barriga e diarreia, possivelmente, fazem parte da ansiedade que ocorre junto com o comportamento de fobia. -
É importante avaliar se essa diarréia apresenta sinais de doença orgânica (perda de peso, sangue oculto, vivo ou escuro nas fezes), mesmo que seja agravada nas situações de stress. Essa avaliação pode ser feita por um clínico, um gastroenterologista ou mesmo um Psiquiatra Clínico.
 
Muitos pacientes com ansiedade e depressão apresentam Síndrome do Intestino Irritável, um quadro de diarreia ou prisão de ventre crônicos, cujo tratamento é feito por um gastroenterologista curiosamente com o uso de antidepressivos.
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Por vezes, o conceito que os psicólogos usam de transtorno borderline é diferente daquele dos psiquiatras, apesar de que, hoje em dia, a tendência é esta diferença desaparecer.
Na psicologia psicodinâmica, a pessoa borderline é alguém que tem características intermediárias entre o neurótico e o psicótico.
Na psiquiatra, a pessoa borderline se caracteriza pela sua grande instabilidade, em várias áreas: emocional, profissional, afetiva, eventualmente até sexual. Assim, são pessoas que oscilam, frequentemente, entre paixões e tédio; entre uma enorme motivação para uma atividade que, depois, se desfaz (levando a pessoa, muitas vezes, a fazer vários cursos, iniciar várias faculdades e trabalhar em vários empregos e profissões).
Este tipo de conduta, com frequência, leva a um baixo grau de sucesso na vida profissional e afetiva.
Frequentemente, as pessoas borderline se queixam de uma grande sensação de vazio.
As chances de pessoas borderline usarem drogas, terem excesso de impulso sexual e mesmo outros problemas psiquiátricos é maior.
Em geral, as pessoas borderline são tratadas com medicações e psicoterapia. As medicações podem ser de vários tipos, para diminuir ansiedade, sintomas depressivos, ajudar a controlar o uso de algumas drogas ou diminuir os comportamentos muito impulsivos.
É possível que pelo menos uma parte das pessoas que recebem este diagnóstico são, na verdade, portadores de transtorno bipolar e já vi vários casos que tiveram excelente melhora com estabilizadores de humor.
Em princípio, todo psiquiatra deve saber tratar deste tipo de problema. -
Concordo plenamente com o colega Dr. Ivan. Muitos pacientes com "transtorno borderline" apresentam algum problema psiquiátrico de base como transtorno depressivo, bipolar, distimia ou outro, associados ou não a algum transtorno de personalidade. Na prática, isso significa que pode haver melhora do quadro com algum medicamento específico para o problema psiquiátrico, uma vez que não há um "medicamento para tratar pessoas borderlines".
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Depressão: tristeza, desânimo, pessimismo, insônia ou excesso de sono, dificuldades de concentração, sensação de que não consegue ter prazer naquelas coisas que antigamente davam prazer, aumento excessivo ou diminuição do apetite, diminuição do desejo sexual, por vezes podem ocorrer ideias de que não vale a pena viver ("seria melhor Deus me levar") ou mesmo ideias de suicídio.
Ansiedade: sensação de ansiedade ou angústia percebida a pela própria pessoa, na maior parte do tempo; preocupações excessivas, sintomas físicos como suores, palpitações no peito, falta de ar, tremores, vontade frequente de urinar ou evacuar, sensação de aperto no peito ou de desconforto na região do estômago. Medo excessivo de problemas futuros (econômicos, de saúde) até fantasias persistentes de que possam ocorrer tragédias. Dificuldades de concentração, insônia. O distúrbio deve ser suficientemente grave para interferir no bem-estar na vida cotidiana da pessoa.
Pânico: crises frequentes e súbitas de mal-estar com angústia ou medo intensos (por vezes, a pessoa sente que vai morrer), acompanhado de sintomas semelhantes aos descritos para a ansiedade, acima (na verdade, o pânico é considerado um tipo de transtorno de ansiedade). As crises podem ocorrer espontaneamente ou em determinadas situações, como estar no meio de muita gente, em lugares fechados ou longe de casa.
Nem todos os sintomas precisam estar presentes para que se possa fazer o diagnóstico. O psiquiatra sabe, pelo número de sintomas e o tempo que ocorrem, se o diagnóstico pode ser feito ou não. -
Depressão pós-parto=tristeza, desânimo, melancolia, vontade de morrer ou de matar o(a) filho(a), alteração do sono e apetite, indisposição, crises de choro, queda da libido, disfunção sexual, diminuição de energia, fadiga, vive pensando nos sofrimentos do passado com culpa excessiva.
Transtorno do Pânico=crises intermitentes e agudas (duração 5-10 minutos) de taquicardia, angústia, ansiedade passageira, dor no peito sem causa cardíaca, falta de ar, palpitação, fechamento da garganta, sensação de iminência de morte.
Distúrbio de ansiedade=transtorno ansioso, pessoa que está sempre agitada, inquieta, sofre por antecipação, rói unhas, tem pensamentos perseverantes de preocupação com o futuro.