Psiquiatria - Perguntas respondidas
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É uma situação em que o cuidador de um sujeito dependente químico ou comportamental, geralmente familiar próximo ou cônjuge, desenvolve uma ligação tão intensa com o dependente que acaba por ter, mesmo sem querer, comportamentos que ao invés de ajudar, reforçam a dependência. Por exemplo, permitir que ele tenha acesso à substância porque tem medo de sua desaprovação. Na dúvida procure sempre um psiquiatra, que pode inclusive auxiliar no processo de conscientização deste dependente de sua necessidade de se tratar.
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A co-dependência é um conceito bastante vago mas, grosso modo, pode-se dizer que codependente é aquela pessoa que vive, de modo exagerado, em função de um(a) dependente (de álcool, drogas ilícitas, jogo ou outras dependências) e, frequentemente, isto traz prejuízos para si mesmo e para o(a) dependente. Assim, comportamentos de co-dependente são, por exemplo, dar dinheiro para a pessoa beber, usar drogas ou jogar por "pena" dela; cuidar exageradamente de todas as necessidades do(a) dependente, sem dar limites e, com isto, reforçando a dependência ao invés de melhorá-la; considerar-se o tempo inteiro responsável pelo(a) dependente e não deixar que este(a) tenha as consequências negativas do seu problema; deixar de fazer, grande parte do tempo e por muito tempo, coisas importantes para si mesmo(a), devido à necessidade de cuidar do(a) dependente.
É importante uma avaliação, por parte de um terapeuta, da sua relação com a pessoa dependente. Assim, será possível dar orientações que possam melhorar sua relação e, possivelmente, você se sentir melhor e, talvez, até ajudar a outra pessoa de modo mais eficiente.
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A depressão possui sintomas como: tristeza e desânimo a maior parte do tempo (por vezes, é uma emoção diferente da tristeza, mas igualmente negativa, a que chamamos, literalmente, de "humor depressivo"); alterações de sono (para mais ou para menos); alterações de apetite (para mais ou para menos); dificuldades de concentração; diminuição do desejo sexual; ideias depressivas (lembrar muito de coisas ruins que ocorreram, pessimismo exagerado em relação ao futuro, sentimentos de culpa exagerados); estas ideias depressivas podem, eventualmente, envolver ideias de morrer ou mesmo suicídio; incapacidade de sentir prazer naquelas atividades que anteriormente eram prazerosas.
Nem todos estes sintomas precisam estar presentes ao mesmo tempo e há casos mais e menos graves.
Alguns problemas físicos (como alterações hormonais, por exemplo) também podem dar excesso de sono e desânimo.
Deve haver uma avaliação por psiquiatra para saber se se trata de uma doença física ou de uma depressão. -
Você citou dois sintomas que podem compor um quadro depressivo: a hipersonia (aumento do sono) e a adinamia (letargia). É preciso investigar outras alterações como perda do prazer, alterações de apetite e libido, tristeza, irritabilidade, choro imotivado. Portanto, procure um psiquiatra assim que possível, antes que essa situação comece a trazer prejuízos nas diversas áreas da vida (afetiva, profissional, acadêmica, etc).
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Comer exageradamente pode ter várias causas: ansiedade, alguns casos de depressão, alterações hormonais, insônia. Por outro lado, existem pessoas que não apresentam nenhum dos quadros acima e, mesmo assim, comem de modo exagerado e, frequentemente, em "farras" alimentares: períodos relativamente curtos em que ingerem grandes quantidades de comida (mesmo sem fome).
Independente da causa você precisa de uma avaliação profissional, pois o problema pode agravar-se e, com tratamento adequado, deve haver melhoras ou até cura.
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As dores de cabeça podem ser causadas pela ansiedade, pelo fato de esta levar a contrações musculares na região da cabeça, pescoço ou ombros; a ansiedade pode também desencadear uma enxaqueca, que é uma dor de cabeça de características pulsáteis (ou seja, a pessoa sente a cabeça latejando).
Se você sente sono o dia inteiro, é possível que, apesar de achar que dormiu bem, esteja ocorrendo algo anormal durante seu sono: por exemplo, pessoas que possuem obstruções respiratórias, muitas vezes têm episódios de sono superficial, durante a noite, e que não são percebidas. Isto pode levar à sonolência diurna. Este tipo de alteração pode ser detectada num exame chamado de polissonografia, que é feito durante uma noite inteira e detecta o ritmo cardíaco, a oxigenação do sangue, os movimentos dos olhos, a contração dos músculos e as ondas da atividade cerebral. A ansiedade também pode tornar o sono menos recuperador.
De toda forma, você deve fazer uma avaliação psiquiátrica e tratar a ansiedade. Se, por acaso, a dor de cabeça tiver outra origem, talvez o psiquiatra faça um encaminhamento para um neurologista. Da mesma forma se, na avaliação, houver uma suspeita de que sua insônia não resulta diretamente da ansiedade, o psiquiatra fará um encaminhamento para um especialista em sono. -
É muito comum, em pessoas com traços de personalidade ansiosa, como parece ser o seu caso, que em algum momento da vida, principalmente associado à uma situação de estresse, esse quadro evolua para um transtorno de ansiedade pleno, com preocupação excessiva, insônia, tensão muscular e outros sintomas físicos (cefaleia, palpitações, tremores, dor de estômago, entre outros). Procure um psiquiatra para que ele possa avaliar a melhor maneira de lhe ajudar com estes sintomas!
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O psiquiatra é o profissional que tem o treinamento mais específico para avaliar os transtornos do humor, então no caso do seu marido seria sim o melhor indicado!
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As pessoas podem ter alterações de humor frequentes por vários motivos: é possível que ele esteja apenas passando por situações estressantes que o deixem, por vezes, mais irritado ou triste. Por outro lado, uma série de quadros psiquiátricos, que vão da depressão e da ansiedade grave até o transtorno bipolar e a doença de Alzheimer podem levar a oscilações frequentes do humor.
Assim, deve ser feita uma avaliação psiquiátrica para que se saiba qual a possível causa das oscilações.