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Neurocirurgia - Perguntas respondidas

Um abaulamento posterior difuso que toca leve a face do saco Dural, em C6 e C7, pode causar sintomas como cervicalgia aguda com irradiação para braço e formigamento na mão? A última crise está em 40 dias já e a dor é lancinante.
  • A compressão causada por abaulamento discal nesse nível poderia sim causar os sintomas descritos. No entanto, é importante o exame clínico e a avaliação minuciosa da imagem (e não apenas o laudo do exame) para se estabelecer essa relação com mais segurança. Mesmo sendo uma possível causa ainda assim não quer dizer que seria algo cirúrgico necessariamente, já que uma parte significativa dos pacientes melhoram com ajuste medicamentoso e reabilitação.

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Preciso de orientação. Meu pai deu hidrocefalia e implantou o dreno, porém a parte q liga no intestino não dá certo, solta e fica vazando no abd, vai precisar fazer agora a 3 cirurgia p reposicionar d novo, o q fazer? Existe outra forma de abordagem?
  • Infelizmente, precisará de revisão cirúrgica se o cateter, o tubo, que vai para o abdome desconectou ou danificou, senão o sistema além de não funcionar direito, pode ter outras complicações, se o líquido for para o lugar errado. Procure o colega que colocou o sistema de drenagem.

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    Dr. Francisco Eduardo Penna Doutel de Andrade
    Dr. Francisco Eduardo Penna Doutel de Andrade
    Neurocirurgia
    Rio de Janeiro / RJ
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Tenho um irmão que desenvolveu Chiari do tipo 1, já perdeu a sensibilidade dos membros, o que fazer nesses casos?
  • O primeiro passo é confirmar se realmente esses sintomas são causados pelo Chiari, através do exame neurológico e ressonância magnética. Casos sintomáticos são indicação de tratamento cirurgico.

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  • Nesses casos, normalmente a indicação é de cirurgia. Na cirurgia retiramos um pedaço pequeno do osso do crânio na parte de trás da cabeça e ampliamos a membrana que recobre o cérebro. O prognóstico (expectativa) é bom. A intenção é de reverter os déficits ou, no mínimo, parar a progressão da doença.

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    Drª. Gabriela Moreira Mahle
    Drª. Gabriela Moreira Mahle
    Neurocirurgia
    Ponta Grossa / PR
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  • Se os sintomas estão evoluindo, ou há progressão nas imagens (com evolução de siringomielia) há indicação de cirurgia para correção de Chiari.
    O mais adequado, é uma avaliação com neurocirurgia especialista em base de crânio.

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    Dr. Alex Roman
    Dr. Alex Roman
    Neurocirurgia
    Passo Fundo / RS
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Olá. Fiz 2 embolizações MAV esse ano, nesse mês eu fiz uma angiografia e deu que estava do mesmo jeito antes da embolização. A 2ª teve sangramento, quase eu morro, fiquei com pequena sequela e quero informações. O que está acontecendo no meu cérebro?
  • Olá ! É importante vc agendar com a equipe que indicou a embolização para que seja devidamente esclarecido o plano de tratamento.

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    Dr. Ricardo Santos de Oliveira
    Dr. Ricardo Santos de Oliveira
    Neurocirurgia
    São Paulo / SP
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Oligodendroglioma de baixo grau. Poderia explicar sobre esse tipo de tumor?
  • O que é um Oligodendroglioma?

    O oligodendroglioma é um tipo de tumor que se origina nas células chamadas oligodendrócitos, que são responsáveis por produzir a mielina, uma substância que protege as fibras nervosas no cérebro e na medula espinhal. Os oligodendrogliomas são classificados como gliomas, que são tumores que se desenvolvem a partir das células gliais, as células de suporte do sistema nervoso.

    Oligodendroglioma de Baixo Grau (Grau II da OMS)

    Os oligodendrogliomas são classificados em diferentes graus, dependendo de suas características microscópicas e comportamento. O oligodendroglioma de baixo grau, também conhecido como grau II pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é um tipo de tumor que cresce relativamente lentamente em comparação com os tumores de alto grau.

     

    Características:

    Crescimento Lento: Geralmente, cresce de forma mais lenta do que os oligodendrogliomas de alto grau (anaplásicos ou grau III) e o glioblastoma (grau IV).

    Localização: Mais comum nos hemisférios cerebrais (lobo frontal e temporal).

    Sintomas: Os sintomas podem variar dependendo da localização do tumor, mas frequentemente incluem:

    #Crises epilépticas (convulsões)

    #Dores de cabeça

    #Fraqueza ou alterações na sensibilidade

    #Alterações cognitivas ou comportamentais

     

    Diagnóstico:

    O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de:

    #Exame Neurológico: Avaliação das funções neurológicas.

    #Neuroimagem:

    *Ressonância Magnética (RM): Principal método para visualizar o tumor, avaliar seu tamanho, localização e relação com estruturas cerebrais adjacentes.

    *Tomografia Computadorizada (TC): Pode ser usada, mas a RM é preferível.

     

    Biópsia ou Ressecção Cirúrgica: A confirmação do diagnóstico requer a análise microscópica do tecido tumoral obtido por biópsia ou durante a cirurgia de remoção do tumor.

     

    Tratamento:

    A abordagem de tratamento para oligodendrogliomas de baixo grau pode incluir:

    #Observação: Em alguns casos, se o tumor for pequeno, assintomático e não estiver causando problemas significativos, o médico pode optar por monitorar o tumor com exames de imagem regulares (RM) para verificar se há crescimento antes de iniciar o tratamento ativo.

    #Cirurgia: A remoção cirúrgica máxima possível do tumor é geralmente o primeiro passo no tratamento. A ressecção completa do tumor, sempre que possível, é o tratamento ideal e está associada a melhores resultados.

    #Radioterapia: Pode ser utilizada após a cirurgia, especialmente se a ressecção completa não for possível ou se houver sinais de progressão do tumor.

    #Quimioterapia: Pode ser considerada em casos de progressão do tumor após a cirurgia e/ou radioterapia.

    #Terapias Alvo: Em alguns casos, testes genéticos podem identificar mutações específicas no tumor que podem ser alvo de terapias mais direcionadas.

     

    Prognóstico:

    O prognóstico para oligodendrogliomas de baixo grau é geralmente melhor do que para os tumores de alto grau. Fatores que influenciam o prognóstico incluem:

    #Idade do paciente

    #Estado geral de saúde

    #Extensão da ressecção cirúrgica

    #Presença de certas mutações genéticas (como IDH1 e 1p/19q codeletion)

    A codeleção 1p/19q, em particular, está associada a uma melhor resposta à quimioterapia e, consequentemente, a um melhor prognóstico.

     

    Acompanhamento:

    O acompanhamento regular com exames de imagem (RM) é essencial para monitorar a recorrência do tumor e avaliar a resposta ao tratamento.

     

    Considerações Finais:

    É fundamental que o tratamento seja individualizado e adaptado às características específicas de cada paciente. A decisão sobre a melhor abordagem terapêutica deve ser tomada em conjunto por uma equipe multidisciplinar, incluindo neurocirurgiões, oncologistas e radioterapeutas.

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    Prof. Jean G. de Oliveira
    Prof. Jean G. de Oliveira
    Neurocirurgia
    São Paulo / SP
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