Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Esta é uma pergunta que poderia ser direcionada a um psiquiatra forense, que é um profissional que tem conhecimentos maiores nas áreas que interligam a legislação e a psiquiatria.
 
A remissão de um quadro de esquizofrenia, entretanto, pode ser mais ou menos completo, de modo que, do ponto de vista psiquiátrico, a segurança para o paciente e a sociedade vai depender do quão completa é esta remissão. Entretanto, se não houver ideias persecutórias e alucinações, se a capacidade de comunicação for suficiente para lidar com as principais situações no trânsito e se houver segurança de que a pessoa está em uso contínuo das medicações, em princípio não há porque uma pessoa com esquizofrenia não possa dirigir.
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Fale com seu médico psiquiatra para troca da medicação por outro antidepressivo com ação ansiolítica como Fluoxetina, Sertralina, Bupropiona, Citalopram, Duloxetina, entre outras opções. Uma medicação calmante como Alprazolam ou Diazepam também pode ser usada como ajuda no controle das crises de ansiedade graves.
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Pergunta já respondida.
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Sim, há muitas opções de tratamento para TAG, o tratamento básico envolve um antidepressivo (Sertralina, Fluoxetina, Escitalopram, Citalopram, Paroxetina) e um benzodiazepínico como Alprazolam, Diazepam, entre outros. Atividade física regular, psicoterapia, meditação e ioga também podem ajudar bastante no controle dos sintomas ansiosos.
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O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) tem como tratamento de primeira escolha, em geral, medicações inibidoras seletivas de recaptação de serotonina (ISRS), tais como o escitalopram. Estas medicações frequentemente diminuem o apetite, no início do tratamento. Este efeito, raramente, permanece, ou pode desaparecer no intervalo de semanas a meses. Quando a ganho de apetite, trata-se de um efeito colateral que não está realmente comprovado por estudos científicos: várias pessoas se queixam deste efeito, porém tem de se levar em conta outros fatores que podem levar ao aumento de peso:
- mudanças nos hábitos alimentares;
- mudanças nos hábitos de exercícios;
- envelhecimento (o consumo energético tende a diminuir com a idade);
- melhora do apetite, em alguns casos de pessoas com depressão ou ansiedade que estavam inapetentes, antes do tratamento OU apetite aumentado, em alguns casos de ansiedade não tratados adequadamente;
 
Frequentemente, com a suspensão da medicação, não se observa diminuição do apetite ou do peso.
 
Medicações sem efeitos colaterais não existem, mas logicamente é possível sempre tentar trocar uma medicação que esteja desagradando a um(a) paciente por outra e, por vezes, mesmo uma medicação da mesma família (ISRS) pode ter efeitos colaterais ligeiramente diferentes.
 
Os ISRS foram originalmente desenvolvidos como antidepressivos e depois se observou que funcionavam bem como medicações para ansiedade. Existem antidepressivos que não aumentam o apetite (e podem mesmo diminuí-lo), como a bupropiona, mas apesar de já ter visto algumas pessoas dizerem que melhoraram da ansiedade com ele, não é aprovada para o tratamento da ansiedade e por vezes o relato é de piora.
 
Outra opção, se você está bem do TAG e o problema é o aumento de peso, é partir para dieta com reeducação do comportamento alimentar (com nutricionista comportamental ou terapeuta comportamental com experiência em comportamento alimentar). A diferença entre este tipo de intervenção e a habitual feita por nutricionistas é que você vai fazer um mapeamento de seu comportamento alimentar para aprender a controlá-lo e NÃO apenas receber uma dieta para seguir "a seco" com aquelas orientações básicas de comer em pratos pequenos, quantidades pequenas, várias vezes ao dia, equilibrar tipos de alimentos etc.
 
Se seu(sua) médico(a) tiver experiência com medicações aprovadas para o controle do apetite, pode eventualmente acrescentar alguma ao escitalopram. É necessário ter experiência, porque algumas medicações e doses podem piorar a ansiedade.
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O choro pode ter as mais variadas causas. A depressão se caracteriza por uma tristeza ou desânimo profundos, perda da capacidade de sentir prazer e da motivação, associado a problemas como insônia ou excesso de sono, perda ou excesso de apetite, lentidão dos movimentos ou agitação ou inquietação, dificuldades de pensar ou concentrar-se, pensamentos tristes e pessimistas que podem chegar a ideias de querer morrer ou mesmo de matar-se, sentimentos de culpa excessivos. Nem sempre as pessoas com depressão comunicam o que sentem, apesar de que a maioria, quando perguntada a respeito, admite sentir e pensar desta forma. Porém, muitas vezes se percebe as alterações justamente porque a pessoa apresenta-se excessivamente chorosa ou irritada.
 
Entretanto, o choro sem motivo pode ocorrer no contexto de algumas lesões cerebrais, também. Outra situação possível é quando a pessoa não se sente à vontade de contar o motivo pelo qual está chorando.
 
É importante que consulte um psiquiatra com prática com pacientes idosos.
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Há muitas possibilidades para explicar o comportamento de sua filha: transtorno de déficit de atenção-hiperatividade pode interferir na concentração, mas NÃO é possível dizer que ela tenha este problema somente por ter dificuldades de concentração. Oscilações de humor podem ocorrer em crianças com tendências à depressão, assim como irritabilidade excessiva. Ela pode estar tendo problemas interpessoais, tais como estar sendo vítima de assédio ou bullying. Mesmo doenças físicas podem levar a alguns destes sintomas.
Você deve necessariamente conversar com os professores dela, com os orientadores, na escola e investigar o que está acontecendo por lá. Consulte um pediatra para ver como está a saúde dela. Sugiro que conversem também, com um psicólogo, juntas, para desenvolverem uma relação aberta, na qual aprendam a falar sobre todos os assuntos uma com a outra, de modo que consiga conhecer sua filha cada vez melhor. Quanto melhor você souber o que ocorre com ela, que dificuldades enfrenta, quais são seus pontos fortes e fracos, quem são seus amigos, quais os lugares que frequenta, quem são os pais dos amigos, tanto maior será seu controle sobre ela e melhor poderá ajudá-la, nos momentos de necessidade. Os pais de amigos dela poderão, talvez, estar enfrentando problemas semelhantes aos seus e vocês poderão trocar ideias e se aconselhar.
Faça uma consulta também com um psiquiatra com experiência em crianças e adolescentes, para verificar se sua filha tem algum transtorno que requeira tratamento.
É possível que não haja necessidade de todas estas medidas, porém se você adotá-las, sua segurança com certeza será maior.
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Há inúmeras possibilidades de diagnóstico para a sua filha, apenas com seu relato inicial não dá pra fazer um diagnóstico definitivo. O diagnóstico só pode ser estabelecido a partir de uma consulta clínica e exame clínico. Sua filha pode estar tendo sintomas de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), TAB (Transtorno Afetivo Bipolar), Depressão ou mesmo ansiedade. Abraço.