Psiquiatria - Perguntas respondidas
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O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) começa na infância e pode permanecer pela vida inteira ou melhorar e reaparecer na vida adulta.
Suas características, agitação física (mais comuns em crianças) ou sensação subjetiva de inquietação (em adultos). A pessoa com TDAH costuma ser impontual, perder detalhes, interromper os outros quando fala, começar atividades e passar para outras antes de terminar as primeiras; têm dificuldades de concentração, a não ser para algumas atividades que consideram muito estimulantes; frequentemente fala muito e de modo superficial, por vezes falando o começo e o fim de um assunto e não percebendo que omitiu o meio.
Algumas pessoas não têm o quadro completo.
Você precisa procurar um psiquiatra que tenha experiência em TDAH para avaliá-lo. Ele saberá indicar qual o melhor tratamento para você. Drogas frequentemente usadas são o metilfenidato, a atomoxetina (que não tem no Brasil) e a lisdexanfetamina. Além disto, técnicas comportamentais específicas também costumam levar a bons resultados.
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Como o próprio nome diz, o transtorno de déficit de atenção-hiperatividade (TDAH) tem dois componentes, o de desatenção e o de hiperatividade. Com certa frequência, o componente mais hiperativo melhora com a idade, mas o de desatenção permanece. Além disto, há pessoas que têm sintomas do transtorno, mas não têm o transtorno completo.
 
Você deve procurar um psiquiatra que tenha experiência em TDAH para avaliá-lo, verificar se tem o diagnóstico completo ou somente alguns sintomas e tratá-lo de acordo.
 
Os resultados costumam ser bastante bons, inclusive, especialmente em relação ao componente atencional.
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Alterações de comportamento com agressividade intensa podem ter várias origens: podem ser devidas a quadros psiquiátricos como transtorno bipolar, depressões ou mesmo ansiedade grave. Em alguns casos, comportamentos alterados podem provir mesmo de outras doenças do organismo ou do cérebro. Outras vezes, os comportamentos agressivos tem a ver com problemas do casal ou que estejam ocorrendo na vida da pessoa agressiva.
 
Realmente, há necessidade de um psiquiatra para determinar as possíveis causas do comportamento de sua esposa e indicar as melhores soluções.
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Várias podem ser as causas deste problema. Por exemplo:
 
1) É possível que ele precise apenas de uma reorientação em seus objetivos e estilo de vida. Numa psicoterapia, pode-se discutir vários aspectos, tais como: quais são as metas de uma pessoa, como atingi-las; se há outras metas alternativas, que exijam menos esforço e causem menos estresse; como aliviar o estresse excessivo; se há, fora o profissional, outros fatores que estejam sobrecarregando a pessoa.
 
2) Pode ser um caso de depressão, quadro no qual a pessoa se sente profundamente triste e/ou desanimada, tudo lhe parece excessivamente cansativo e sem graça; aquilo que normalmente lhe dava prazer não mais lhe traz satisfação; há, frequentemente, alterações de sono (excesso ou insônia), diminuição do desejo sexual, alterações de apetite (excesso ou, mais comumente, falta). Frequentemente a pessoa é assolada por ideias tristes e pessimismo. Nestes casos, costuma haver necessidade do uso de medicações antidepressivas para controlar o problema.
 
Ele precisa de uma avaliação psiquiátrica, para fazer o diagnóstico exato e verificar as alternativas de tratamento.
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Não é tão raro se ver pessoas com depressão, em tratamento, e que não melhoram ou que apenas passam algumas fases melhor, para, depois, piorar novamente. As causas mais frequentes para que isto ocorra são as seguintes:
1) a pessoa tem um quadro de depressão resistente ao tratamento - algumas pessoas, por mais que se tente os vários tratamentos existentes, continuam deprimidas e nunca ficam totalmente bem; isto é bastante raro, dada a multiplicidade de tratamentos existentes: vários tipos de antidepressivos e combinações de antidepressivos; eletroconvulsoterapia; adição, aos antidepressivos, de medicações potencializadoras como estabilizadores do humor, antipsicóticos, hormônios, anfetaminoides; associação de estimulação magnética; associação de terapia cognitiva; em casos raríssimos psicocirurgia; ou seja, há muitas opções, de modo que a imensa maioria das pessoas fica controlada ou, pelo menos, melhora bastante.
2) o tratamento não foi correto - há pessoas que não têm paciência para aguardar resultados e logo pressionam o médico para mudar suas medicações; frequentemente mudam de médico e, os novos médicos não levam em conta o que foi feito (ou não foi feito) e iniciam um tratamento com outra medicação; a consequência é que, frequentemente encontramos pessoas que usaram um grande número de medicações, porém as doses nunca foram suficientes e a duração do uso também não. Explicando melhor: todos os remédios possuem doses mínimas (como, por exemplo, 20 mg de fluoxetina ou 50 mg de sertralina ou 100 mg de imipramina), abaixo das quais é altamente improvável que haja melhora; quase todas as medicações possuem, também, doses máximas (como 80 mg de fluoxetina, por exemplo), acima das quais não vale a pena chegar, pois o efeito não aumenta - isto é, se não houve uma melhora considerável com 80 mg de fluoxetina, não se deve aumentar, pois doses maiores não são mais eficazes. Como exposto acima, existem vários tipos de tratamentos antidepressivos e associações e, muitas vezes, médicos mais inexperientes não conhecem todas as possibilidades. Além do que, há períodos mínimos e máximos pelos quais se deve usar cada medicação. Se o período for muito curto, não dá para saber se o remédio teria efeito se a pessoa continuasse tomando por mais tempo, pois a maioria dos efeitos demora até algumas semanas para se fazer sentir. Se o período for longo demais, está se perdendo tempo, pois a medicação não mostrou sua utilidade. NÃO existe uma regra rígida mas, aproximadamente, nenhuma dose de medicação deve ser usada por menos de 2 a 3 semanas ou por mais de 2 meses.
Na minha prática de mais de 27 anos, a maioria das pessoas cai na última categoria: por insistência própria ou por inexperiência dos médicos, usaram vários tipos de medicação, porém em dose ou por tempo insuficiente.