Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Sim. O melhor profissional pra tratar essas duas condições é o Psiquiatra. Ele saberá como diagnosticar e que encaminhamentos fazer depois de definir o plano terapêutico pra você. Forte abraço e saúde na cabeça.
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Certamente. Todos estes transtornos são tratados pelo psiquiatra. Apesar de, no Brasil, não ser proibido médicos tratarem de qualquer problema para cujo tratamento se sintam capacitados (em outros países é proibido atender especialidades que não a sua), o profissional indicado é o psiquiatra. Raros neurologistas também sabem tratar transtornos psiquiátricos, mas é mais frequente que haja diagnósticos menos cuidadosos, assim como experiência insuficiente no tratamento. Mesmo entre psiquiatras, é bom saber se o profissional tem experiência em bulimia e transtornos alimentares, porque nem todos os psiquiatras tratam deste tipo de problemas com frequência. Nestes transtornos, a psicoterapia é um dos principais elementos e a terapia cognitivo-comportamental e a terapia comportamental são as que têm mais estudos comprovando a eficácia. Neste componente do tratamento, há também psicólogos experientes mas, novamente, nem todos os que dizem que tratam, têm conhecimento dos estudos mais modernos sobre o assunto. Resumindo: procure um psiquiatra com experiência específica em transtornos de alimentação. Ele saberá orientar se há possibilidade de tratamento medicamentoso e indicar a psicoterapia adequada para seu caso.
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Você deve procurar pessoalmente um psiquiatra, de preferência algum que tenha ampla experiência com drogas, tanto as lícitas (álcool, por exemplo) como as ilícitas. Este profissional poderá esclarecer seu diagnóstico e indicar o tratamento adequado. Se o problema for somente o uso de drogas (incluindo álcool) e não houver outros transtornos associados (por exemplo, depressão ou transtorno de ansiedade), há psicólogos que também têm experiência no tratamento de abuso de substâncias. Entretanto, apenas o psiquiatra é obrigado (e, portanto, geralmente mais capacitado) a saber diagnosticar se, além do transtorno de uso de substâncias, há algum outro que necessite de tratamento. Além disto, para problemas mais graves relacionados ao álcool, há hoje em dia algumas medicações que podem ajudar no tratamento. Abordagens baseadas em psicoterapias são quase sempre indicadas, mesmo quando a pessoa toma as medicações pois, infelizmente, os remédios ainda não conseguem tirar totalmente a vontade de beber, quando há uma dependência.
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Seu problema não é raro, mas pode ter várias causas diferentes. Procure um psiquiatra pessoalmente, porque só assim será possível saber qual(is) a(s) causa(s), no seu caso específico e, assim, indicar um tratamento.
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Existem várias formas de melhorar o sono, com e sem medicações. Apenas o psiquiatra que conhece seu pai pessoalmente pode decidir se há necessidade de remédios. Não deixe de falar com ele. Em relação às condutas não medicamentosas, existem algumas técnicas que podem auxiliar. Elas podem ser usadas na maioria das pessoas, mas se ele tem um problema psiquiátrico que não esteja totalmente controlado, elas podem não ser suficientes ou mesmo interferir negativamente no tratamento.
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Não tem nenhum conselho que se possa dar de modo geral, cada caso deve ser analisado individualmente. Em relação à dificuldade de dormir, há necessidade de se saber sua origem:
 
- uso de droga estimulante?
- abstinência de droga depressora dos sistema nervoso central?
- causa sem relação direta com a droga como, por exemplo, hábitos de sono errados ou problemas respiratórios?
 
Apenas com base neste conhecimento é possível sugerir a melhor abordagem.
 
Por outro lado, a insônia não costuma ser a única ou mais grave consequência do abuso de substâncias e a pessoa usuária deve ser entrevistada e examinada com cuidado, para se ter noção da totalidade dos prejuízos causados, que geralmente ocorrem em várias áreas de seu funcionamento.
 
Quanto à resistência de ir ao psiquiatra, se houver uma emergência, pode-se pedir a um profissional que faça um atendimento domiciliar. Na minha experiência, dificilmente o profissional é rejeitado, quando sabe aproximar-se com habilidade. Se não houver emergência, é interessante o familiar consultar um especialista pessoalmente. O especialista saberá orientar algumas ações que podem motivar o usuário a procurar ajuda. Entidades como ALANON, NARANON e Amor Exigente também são interessantes para familiares que querem ajudar pacientes mais resistentes ao tratamento. Internações, só em casos extremos, pois internação, per se, não trata ninguém em longo prazo. Serve apenas para, nos casos mais graves, com várias tentativas mal-sucedidas de tratamento ou em pessoas que estejam com comportamento gravemente alterado por consequências cerebrais do uso, dar um passo inicial, no tratamento. De modo geral, também, não há vantagem em internações prolongadas e, atualmente, a maioria das internações conduzidas por especialistas duram apenas algumas semanas. O usuário deve aprender a lidar com a vida sem uso de drogas dentro de seu contexto natural. Não adianta deixá-lo isolado, numa clínica, onde o ambiente é completamente diferente de sua vida real. Ele pode nem sentir vontade de usar, enquanto internado e, ao ter de enfrentar situações reais de sua vida diária, após a alta, recair. Um outro aspecto do tratamento de usuários é que se trata de um "trabalho de formiga", frequentemente com períodos de melhora e períodos de recaída. Se houver persistência, a tendência é as recaídas se tornarem menos frequentes e/ou menos graves, até que em algum momento, geralmente após anos de tratamento, consegue-se a abstinência total. Mesmo assim, vale a pena insistir no tratamento, pois sem ele é ainda mais difícil de se conseguir parar definitivamente o uso da droga.