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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Gostaria de saber se somente pisquiatra pode avaliar se uma pessoa possui depressão?
  • Muitos psicólogos e mesmo médicos generalistas conseguem dizer, hoje em dia, se uma pessoa tem depressão.

    Porém, ao contrário de psicólogos e médicos generalistas, os psiquiatras, necessariamente, durante seu período de especialização, após a faculdade, precisam aprender a avaliar e tratar de depressões.

    Assim, se você quer realmente ter segurança, deve consultar um psiquiatra. A chance de um psiquiatra fazer uma boa avaliação é muito maior.

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    • Dr. Ernane Pinheiro de Freitas
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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • Não, só o psiquiatra não é a única pessoa que pode avaliar se alguém tem depressão. Outros profissionais da saúde, como psicólogos, também podem ajudar a identificar os sinais da depressão.

    O psicólogo pode conversar com a pessoa, entender seus sentimentos e perceber se há sintomas de depressão. Ele pode fazer algumas perguntas e ajudar a pessoa a se entender melhor. Se for necessário, o psicólogo pode encaminhar a pessoa para um psiquiatra, que pode fazer uma avaliação mais completa e, se for o caso, prescrever remédios.

    É importante que a pessoa procure ajuda caso perceba sinais de depressão, como tristeza constante, falta de energia ou perda de interesse nas coisas. Quanto mais cedo buscar ajuda, melhor será o tratamento e a recuperação.

    Vale ressaltar que o psiquiatra entende profundamente os transtornos mentais e pode ajudar com mais recursos que o médico não especialista.

    Dr. Cleber psiquiatra atende online pessoas do Brasil e Angola.

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Meu marido usa medicamentos para depressão, ansiedade e insônia há 5 anos, mesmo assim não dorme direito, já trocou alguns medicamentos. Agora ele toma paroxetina 20mg, Depakote de 500mg e quando se sente muito cansado por dormir mal ele toma musculare.
  • Não sei se é esta sua dúvida:

    Os medicamentos para dormir frequentemente perdem o efeito, após algum tempo de uso. Nestes casos, as pessoas ou seus médicos por vezes aumentam a dose. Porém, isto pode ocorrer indefinidamente.

    Como grande parte das medicações para dormir causam problemas de coordenação motora, quedas e, principalmente, problemas de memória, não é recomendável usá-las por períodos prolongados (hoje em dia, considera-se correto usá-las por apenas algumas semanas).

    Deve-se pesquisar a causa da insônia. A própria depressão pode causar insônia e, se for bem tratada, a insônia melhora. Inclusive se pode usar alguns antidepressivos mais sedativos e que, por isto, melhoram o sono.

    Algumas vezes, a insônia pode ter causas físicas.

    Finalmente, a insônia está frequentemente relacionada a problemas de hábitos. Nestes casos, recomenda-se um conjunto de técnicas que recebem o nome de "higiene do sono". São medidas como:

    1 - Nunca ir para a cama sem sono - quem tem insônia, deve deitar-se apenas quando tiver MUITO sono. Jamais se deve ficar na cama para esperar o sono chegar.
    Enquanto o sono não vem, deve-se ter atividades bem leves, como ler um livro tranquilo, assistir a um filme tranquilo, folhear uma revista, ouvir uma música calma. Nunca se deve lavar louças, assistir a filmes de suspense ou jogar no computador - isto deixa a pessoa mais "ligada".

    2 - Se acordar no meio da noite e não adormecer em 15 ou 20 minutos, sair da cama e seguir a orientação (1), acima.

    3 - Parar de fumar, pois o tabaco contém nicotina, que é um estimulante.

    4 - Evitar quantidades maiores de café, chá preto, chá mate, Coca-Cola ou Pepsi-Cola, pois eles contêm cafeína, que é um estimulante.

    5 - Fazer exercícios aeróbicos várias vezes por semana: correr, nadar, fazer hidroginástica, caminhar. Quando se caminha, deve ser sem parar e num ritmo que seja suportável, porém canse (é sempre bom fazer uma avaliação médica antes de fazer exercícios frequentes). Evite fazer os exercícios menos de quatro horas antes do seu horário de dormir, pois eles podem deixar você mais "ligada", ao invés de relaxar.

    6 - Tome um lanche leve antes de ir para a cama.

    7 - Não fique demasiadamente preocupada com o quanto você dorme numa noite. Não existe uma quantidade correta de sono, ela é diferente para cada pessoa.

    8 - Jamais durma a mais de manhã ou tire cochilos à tarde pelo fato de não ter dormido à noite. Acorde cedo e passe o dia acordada. Mesmo um pouco de sono, for da hora, pode aumentar a insônia na noite seguinte. Enquanto estiver fazendo o tratamento da insônia, procure levantar cedo e não cochilar durante o dia mesmo aos fins de semana e feriados.

    Apesar de ser desagradável ter uma ou mais noites de insônia, não é provável que algumas noites sejam excessivamente prejudiciais para o organismo. Além disso, se você ficar excessivamente preocupada, isto só piora a insônia.

    Outra questão é se o tratamento de seu marido está sendo eficaz. Apesar de que alguns quadros depressivos e ansiosos demoram muito para melhorar, usar doses baixas demais de remédios ou trocá-los com muita frequência leva a uma demora maior para se obter resultados ou mesmo a falhas no tratamento.

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    • Dr. Ernane Pinheiro de Freitas
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    Dr. Ivan Mario Braun
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    Psicoterapia
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Existe algum remédio que faça efeito pra depressão, mesmo que você não tenha motivo algum pra não se sentir triste? Algum que faça efeito, que me deixe feliz, mesmo sabendo que minha vida vai continuar a mesma de sempre?
  • Depressão não é tristeza. Tristeza é normal, todo ser humano normal sente. Depressão é uma alteração comportamental grave e, frequentemente, uma doença.

    Tristeza não necessita de tratamento, ela passa com o tempo ou quando certas condições da vida das pessoas melhoram. Depressão pode não passar ou, mesmo quando passa, ela volta.

    A depressão é perigosa: diminui muito a qualidade de vida da pessoa, pode prejudicar suas atividades sociais e profissionais e pode mesmo levar ao suicídio.

    Todos os remédios antidepressivos aprovados pela ANVISA fazem efeito na depressão. Entretanto, isto não significa que qualquer antidepressivo funciona para qualquer pessoa.

    Geralmente o psiquiatra inicia o tratamento com um antidepressivo mais fraco (por exemplo, um inibidor de recaptação de serotonina) e em doses baixas. Se não funcionar, ele vai aumentando a dose, aos poucos. Se, mesmo assim, a pessoa não ficar bem, ele pode usar mais de um remédio ao mesmo tempo ou trocar por um remédio mais forte. Isto vai sendo feito aos poucos, ao longo de várias consultas, até que se consiga um tratamento que controle a depressão.

    Por outro lado, antidepressivo não traz felicidade. Ele pode até fortalecer a pessoa e, mesmo pessoas com problemas na vida passam a sentir-se mais animadas e corajosas para enfrentá-los, quando são tratadas.

    Mas, se você tem problemas na vida, sugeriria associar uma psicoterapia ao tratamento com antidepressivos. Na psicoterapia, o profissional (um psicoterapeuta, que pode ser psiquiatra ou psicólogo) vai ajudar você a entender melhor seus problemas e a procurar saídas.

    Você deveria começar sendo avaliada por um psiquiatra, para diagnosticar se você tem depressão ou só tristeza. Se não tiver depressão, uma psicoterapia pode ser útil. Se tiver depressão, ela pode ser tratada ao mesmo tempo que você faz psicoterapia. Ou, às vezes, você espera a depressão melhorar com remédios e, já mais animada, partir para a psicoterapia com o objetivo de ajudar a enfrentar os problemas de sua vida.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Quais são os sinais do complexo de Édipo?
  • Complexo de Édipo não é uma doença. Então, neste caso, não se pode falar em sintomas.

     

    O Complexo de Édipo faz parte da teoria da psicanálise.

     

    A psicanálise é uma teoria construída inicialmente pelo neurologista e pensador Freud.

     

    Nesta teoria, o complexo de Édipo se refere a uma rivalidade emocional que se estabelece entre pai e filho, que competem pela posse da mãe. Isto porque, na teoria de Freud, a criança passa por vários estágios de desenvolvimento psicológico e estes estágios estão relacionados à libido (por isto se fala em desenvolvimento psicossexual).

     

    A origem do nome vem da lenda de Édipo, na mitologia grega que, abandonados pelo pai quando bebê, conhece a própria mãe na fase adulta e, sem saber que ela é sua mãe, casa com ela e mata o próprio pai.

     

    Entretanto, é importante dizer que toda a teoria de Freud é muito contestável e ela não é uma teoria científica. Ela foi construída para explicar uma série de observações de Freud e outros psicanalistas, mas nunca foi comprovada cientificamente.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Usuário de drogas tem problemas psiquiátricos?
  • Quando o uso de drogas é em grande quantidade e por longo tempo geralmente está associado a alguma doença psiquiátrica. Nos casos mais graves encontramos desvios do comportamento sexual, doenças psiquiátricas e transtornos de personalidade em adição aos transtornos por uso de substâncias.

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    Dr. Ernane Pinheiro de Freitas
    Dr. Ernane Pinheiro de Freitas
    Psiquiatria
    Mossoró / RN
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  • Pessoas que usam drogas frequentemente têm problemas psiquiátricos.

    Existem pessoas que são saudáveis e, de vez em quando, usam drogas. A frequência de uso varia. Muitas vezes, estas pessoas conseguem usar drogas durante muitos anos e não ter grandes prejuízos.

    Entretanto, uma parte das pessoas que usam drogas começa a ter prejuízos mais graves, que vão desde discussões domésticas e problemas com a polícia (por exemplo, por dirigir embriagado) até doenças físicas. Estas pessoas, frequentemente, têm muita dificuldade para parar de usar as drogas. Ou, mesmo quando elas dizem que conseguem parar, elas param e voltam a usar depois de algum tempo e repetem estas paradas e recaídas ao longo de sua vida.

    Quando ocorre esta forma mais grave de uso de drogas, fala-se em abuso e dependência de drogas (ou substâncias).
    Se a pessoa tem abuso ou dependência de uma ou mais substâncias (isto inclui não só as drogas ilícitas, mas também o cigarro, o álcool e alguns tipos de calmantes, medicações para dormir e medicações para dor), isto já é considerado um problema psiquiátrico.

    Além disso, muitas pessoas usam drogas para aliviar algum problema emocional ou os sintomas de problemas psiquiátricos: pessoas deprimidas e muito ansiosas têm maior chance de ficarem dependentes de álcool, por exemplo. Pessoas muito ansiosas podem querer usar maconha para aliviar a ansiedade e ficar dependentes. Esquizofrênicos frequentemente são dependentes de cigarros.

    Finalmente, as drogas também causam problemas psiquiátricos. Assim, usuários de bebidas alcoólicas podem desenvolver depressão, usuários de maconha podem desenvolver esquizofrenia, se tiverem tendência, usuários de LSD ("ácido") podem ficar psicóticos. E assim por diante.

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    • Dr. Ernane Pinheiro de Freitas
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    Dr. Ivan Mario Braun
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    São Paulo / SP
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